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pintura abstrata
Foto do escritorNatacha Soares Ribeiro

A Vida Extraordinária das Borboletas

Pergunto-me se a lagarta, quando se fecha no seu casulo, sabe que se vai transformar numa borboleta, alguém tão diferente, capaz de voar [muito para além do mundo antes conhecido] e de encantar. Na verdade, o ser é o mesmo, mas a forma como se expressa no mundo é totalmente nova!


A vida das borboletas traz-nos muitos ensinamentos, mas aquele que hoje, metaforicamente, prende a minha atenção é o desafio que é para muitas pessoas conceberem ou aceitarem que podem construir uma vida radicalmente diferente da(s) que já conheceram e vivenciaram.


Por exemplo, quem cresceu em contextos marcados por relações familiares disfuncionais, relacionamentos abusivos, abandono, indiferença, doença, falta de controlo sobre a própria vida, carência financeira, pode tender a reproduzir esses padrões ou fazer escolhas que o(a) mantêm no mesmo registo. Muitas vezes, isto acontece por medo do desconhecido ["isto é mau, mas é-me familiar.."] ou simplesmente porque a pessoa se foi afastando da sua essência e acreditando que este é o seu "fado" [palavra tão querida do povo português, mas que pode ser perniciosa quando conduz à passividade]. E nem seria preciso falar de situações tão dramáticas quanto as anteriores... Algumas vivências pontuais como cairmos uma vez da bicicleta ou recebermos uma crítica destrutiva de alguém que nos é significativo, podem influenciar grandemente a nossa atitude face a determinadas situações. Alguns desses processos acontecem a um nivel subconsciente e a pessoa nem tem consciência do padrão.

A boa notícia é: Todo(a)s nós somos capazes de criar novos padrões e hábitos que nos transformem em versões melhoradas de nós próprio(a)s.


O primeiro passo é, precisamente, reconectarmo-nos com a nossa essência, os nossos valores, os nossos sonhos mais íntimos.


O segundo é escolhermos o nosso destino, libertarmo-nos da bagagem que já não nos é util (ou pior, apenas nos empecilha), planearmos a nossa viagem e descobrirmos de que recursos que necessitamos para fazer caminho.


Depois, há que começar a caminhar, com foco, determinação e resiliência. Haverá certamente tropeços e até quedas, mas se escolhermos aprender com eles, apenas nos tornarão mais fortes e com mais recursos.


O objetivo está ao nosso alcance, mas quando lá chegarmos, saberemos que a verdadeira magia aconteceu em cada passo e, principalmente, em cada decisão.



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